Por Cartas Abertas

segunda-feira, dezembro 04, 2006

Foi há 26 anos...



Faz hoje 26 anos que Portugal perdeu o seu Primeiro Ministro, Franscisco Sá Carneiro.

O incidente da noite de 4 de Dezembro de 1980, que continua ainda hoje por esclarecer, marcará para sempre a idtoria da democracia e da justiça portuguesa no que respeita à origem e ao esclarecimento cabal dos acontecimentos.

Escrevi há tempos que era impensável que num regime democrático, consciente do valor e da credibilidade inerente às suas instituições, como Portugal, se demorasse 26 anos a apurar as causas da morte de um cidadão, especialmente de um cidadão com as funções de Primeiro-Ministro.

Apesar de sentir de forma diferente a sua "ausência", aconselho o texto do Nuno Mendes no seu blog Cais da Linha,e plagiando-o termino:

Não esqueceremos!

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Dia Mundial da Luta contra a Sida

quarta-feira, novembro 29, 2006

Mais vale tarde, do que nunca...



O diário Italiano Corriere della Sera, avança que a Igreja Católica está prestes a aprovar o uso do preservativo, preparando com isto uma verdadeira revolução na sua doutrina. A decisão, que será anunciada em inicios de 2007, provém de um relatório do Cardeal Javier Barragán (responsável pelo departamento de saúde do Vaticano), onde defende que o uso do preservativo é um meio eficaz no combate da luta contra a SIDA.

Uma constatação que, embora tardia, justifica também a viragem que a Igreja Católica tem vindo a tentar protagonizar como forma de adaptação ao "Mundo Moderno". Isto tudo também quando se estima (segundo o relatório anual da OMS) que em 2030, 117 milhões de pessoas terão morrido devido ao virus da Sida.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Saudades



Praia do Forte, Salvador, Brasil

Com estes dias de mau tempo, lembro-me do fantástico tempo passado na Praia da Forte.

Mário Cesariny (1923-2006)



O Raul Leal era


O Raul Leal era
O único verdadeiro doido do "Orpheu".
Ninguém lhe invejasse aquela luxúria de fera?
Invejava-a eu.

Três fortunas gastou, outras três deu
Ao que da vida não se espera
E à que na morte recebeu.
O Raul Leal era
O único não-heterónimo meu.

Eu nos Jerónimos ele na vala comum
Que lhe vestiu o nome e o disfarce
(Dizem que está em Benfica) ambos somos um
Dos extremos do mal a continuar-se.

Não deixou versos? Deixei-os eu,
Infelizmente, a quem mos deu.
O Almada? O Santa-Ritta? O Amadeo?
Tretas da arte e da era. O Raul era
Orpheu.

Mario de Cesariny

sexta-feira, novembro 24, 2006

É bom. Mas é possivel ir mais longe...



É com agrado que tomo conhecimento das intenções propostas na Revisão do PDM de Lisboa, no que diz respeito à criação de parcerias público-privadas na área da cultura.

A tónica do documento passa pela cunjugação "dos imperativos estratégicos" de uma cidade de "bairros e culturas".

Com intervenção definida em quatro eixos prioritários, não esquecendo a manutenção em outros bairros históricos com museus, teatros, etc., o objectivo passará pela internacionalização da cultura em Lisboa, com a consequente requalificação e orientação de novos e existentes espaços culturais, aumentando e melhorando as suas valências.

Esta é uma maneira eficaz de contribuir para o desenvolvimento cultural da cidade, assim como contribuir para a sua implementeção. Numa altura´, onde a discussão da cultura está "elevada" ao subsidio, a Cãmara Municipal de Lisboa avança com uma medida semelhante às cidades de Madrid, Berlim e Londres, ou seja, o privado passará a ter uma consciência cultural intrinseca à prossecução dos seus objectivos comerciais.

Uma vez que Lisboa carece de equipamentos deixo um olhar sobre o cinema Odeon. A cidade nada perdia em aplicar este conceito para a requalificação desta importante "casa" de Lisboa.

A cultura agradecia.

A sopa está para as crianças, como o Comunismo para a Democracia!



Os acordos são para cumprir. Disso não temos dúvidas! Mas isso, claro, se de facto existir mesmo acordo, caso contrário será sempre questionável o seu cumprimento.

Mais uma vez, o PCP dá-nos uma grande lição de democraticidade e de bom funcionamento das estruturas "democráticas". O lider parlamentar, fervoroso adepto da democracia da Coreia do Norte, informou três deputados do seu partido (curiosamente todos eles de renome e com maior influencia e participação) de que teriam que renunciar aos seus mandatos, pois o partido precisava de renovação parlamentar.

O "democrata" Bernardino Soares, lider parlamentar do "democratico" PCP, não contava que a deputada Luisa Mesquita não acatasse a decisão. Vai daí, não foi de modas e retirou a "parte" (note-se, parte...) da confiança politica à deputada em questão.

Não querendo perceber como funciona a democracia comunista em Portugal, (talvez como na Coreia do Norte) reconheço a coragem de Luisa Mesquita, que, embora do PCP, foi e será uma referência do nosso parlamento.

quinta-feira, novembro 23, 2006

Ainda a entrevista....

... que se traduz num conjunto de opções delineadas, conjugadas num enorme e redondo "Vamos ver, como vai ser!", lamento a não reacção do PSD na breve análise do primeiro ano de mandato.

Principalmente porque, a pedra toque para a justificação da pouca acção concretizadora, ao nivel dos resultados, têm sido, fundamentalmente, as opções financeiras do anterior mandato.

"Já esqueci."



Foi assim que o Presidente da Câmara de Oeiras respondeu ao não apoio de Marques Mendes e do PSD à sua recandidatura a Oeiras nas ultimas autarquicas. Assegura ainda que viu nessa decisão, uma necessidade de afirmação politica do lider do PSD.

Uma resposta curta que pode ter várias interpretações.

Uma delas, é a sua forma correcta e cuidada. Ideal, face às conturbações politicas no sector laranja do concelho.

Como em democracia não há resultados antecipados, será isto um "mais vale prevenir do que remediar"?

Saramaguices....



"[Durão Barroso] foi a quinta ou sexta escolha. E mesmo que fosse a primeira não tinha qualquer motivo para me orgulhar."


e digo eu: Não se preocupe que há muito boa gente que também não se orgulha de V.Exa. ser português...

quarta-feira, novembro 22, 2006

Pois é...

Sempre apreciei as qualidades politicas de Morais Sarmento.

Nesta novela entre Cavaco / Socrates / PSD, o ex-ministro, mais uma vez, comenta com a maior das clarezas.

"Os factos autoexplicam-se".

Como uma simples frase, significa tanta coisa...